Dia do repórter policial
Dia 31 de outubro é o dia do repórter policial, uma área do jornalismo
escolhida por poucos, mas que reserva muitas surpresas, emoções e riscos.
Não poderia deixar de homenagear um ícone da TV brasileira, o repórter
policial Gil Gomes. Lembro que não perdia o Aqui Agora – programa do SBT e que
ficou famoso no inicio da década de 90.
Eu parava a brincadeira do fim de tarde só para assistir aquele senhor
que trajava camisas floridas, com voz grossa e que gesticulava a mão esquerda.
A forma como ele narrava os fatos, levava o telespectador a imaginar a cena do
crime. Gil Gomes está eternizado na galeria dos grandes repórteres policiais
deste país.
Minha primeira experiência no jornalismo foi justamente como repórter
policial, quando em abril de 2011 aceitei trabalhar para um programa
de uma TV em Santana. Não fiquei nem um mês por lá, o serviço era bom, mas trabalhar de graça não me deu outra escolha se não largar o "emprego" e procurar outra coisa rentável pra fazer (risos).
Polícia é a primeira editoria dos jornais impressos por onde costumam passar os “focas” – termo dado a estudantes de jornalismo. Comigo não foi diferente, quando cheguei para trabalhar em um jornal impresso de Macapá, fui cobrir a área policial. Foram quase dois anos de muitas histórias engraçadas, emocionantes e perigosas.
Acompanhar a chegada da policia na delegacia, entrevistar suspeitos,
correr para cobrir crimes e mortes – acidentes de trânsito, homicídios,
assaltos – acompanhar velórios e enterros, coisas que estão no cotidiano de um
repórter policial, que reza todo dia para que aconteça uma desgraça ou algo parecido para
ter uma boa história pra contar.